A comparação pode ser absurda, é verdade. Mas não tanto quanto o que esses dois jogadores fizeram (e o que o atual pode fazer ainda).
Just Fontaine foi um jogador de futebol francês, começando a sua carreira em 1951, no futebol marroquino. Mas seria sete anos depois que ele seria lembrado para sempre. E por 13 motivos.
Fontaine fez a absurda marca de 13 gols na Copa de 1958, na Suécia. Isso em seis jogos. Nunca foi superado. Just Fontaine é o maior artilheiro numa única edição de Copa do Mundo.
Segundo consta, sua velocidade em entrar na área adversária, seu potente chute e seu certeiro cabeceio eram suas características fatais ao adversário.
Podemos aplicá-las, sem muito medo de errar, num jovem atacante brasileiro. Em Alexandre Pato. E não são apenas as características que unem o jogador brasileiro oriundo do Internacional e o craque francês de outrora. Outro laço os estreita de maneira mais cabal: o gol. Eles conhecem, sabem como chegar lá. Pato, por exemplo, tem uma marca tão absurda quanto seu "colega" de balançar as redes. Pato fez gols em todas as suas estréias.
Foi assim estreando no time principal do Inter, em 2006, contra o Palmeiras no Parque Antarctica: dois gols na goleada colorada por 4 a 1. Pelo Milan, fez mais: na estréia não-oficial, em 2007, num amistoso, marcou. E na oficial, já em 2008, em cima do Nápoli, pelo Campeonato Italiano, não passou em branco outra vez. E o exemplo mais recente da senda prodigiosa do garoto: estréia pela Seleção principal contra a Suécia em amistoso? Gol, é claro. E o da vitória da equipe de Dunga.
Não me surpreenderia se Pato, na Copa de 2010, na África do Sul, empilhasse gols em cima de gols e passasse Fontaine. Pato, 14 gols em Mundiais. Não é tão absurdo, não pelo menos quanto à própria comparação entre os dois jogadores.
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