Toca Raul!
Cabisbaixos, vermelhos e com as veias saltando. Assim ficam os olhos de quem chora muito. Ou de quem dorme pouco. Assim devem ter ficado os olhos da sra. governadora do Estado nos últimos dias. E acho que a segunda hipótese é mais plausível: poucas horas de sono. Ela não é do tipo que chora fácil. Tal como Lula, que compôs seu primeiro escalão de maneira errante, Yeda sofreu o ônus de ter que mandar embora figuras nocivas à continuidade do mandato. Tal como Lula, que é respaldado pelos braços do povo, Yeda talvez venha a ser considerada apenas uma mandatária que não sabia de nada. Tal como Lula, se não pecou por ação, o fez por omissão. Só que, ao contrário de Lula, popular por excelência, Yeda não parece ter carisma suficiente para recompor sua imagem.
Mas enfim. Falando dos olhos da governadora, tenho mais uma pra contar. Envolve o produtor aquele, hoje repórter da minha antiga firma. Pois foi como repórter que ele viveu outra antológica. Tinha ido cobrir um evento do governo do Estado, e, no momento da coletiva, os jornalistas fariam suas perguntas a Yeda depois que ela discursasse. Como no futebol, a prioridade é para os repórteres de rádio. Na seqüência, falam os de outros veículos. Por ser de rádio, o cara esse seria um dos primeiros.
Porém, quando chegou a sua vez, ele não estava posicionado corretamente. O microfone destinado para a imprensa ficava à esquerda do palanque oficial, e o tal repórter se encontrava à direita. Imediatamente, começou a se dirigir pro microfone, indo por fora da imensa turba de jornalistas. Olhos atentos, Yeda percebeu o desarranjo e sugeriu: “Ao invés de fazer toda a volta, passa aqui pela frente. É mais fácil”. Então, ele: “É que, se eu for por aqui, vou passar na frente das câmeras de TV”. E a governadora, com o olhar brilhando: “Não tem problema. Tu é um colírio pros nossos olhos”.
Na mesma hora, segundo o próprio, um vermelhão tingiu seu rosto. Um vermelho-vergonha. Tal como devem ter ficado os olhos da governadora ultimamente. Injetados, vermelhos, precisando de um colírio. Ou de óculos escuros, na ausência do referido repórter.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
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